"Èjì Ogbè é o primeiro dos ventres energéticos na matriz cósmica da criação, e representa a luz expansiva. Este Odu representa a plenitude da luz e da presença; é onde o reino do sonho dá seu primeiro passo no campo da matéria."

"Òdí méjì trata dos poderes transformadores e seus resultados temporários, o desapego do passado para avaliar um novo ciclo de se tornar, e estabelecer uma base e o seu papel no mundo. Aqui encontramos os temas de segurança e tentação, e o mistério do renascimento e dos ciclos repetidos."

"Ôbárá méjì é o poder que molda a vontade a partir do caos e das possibilidades cósmicas, levando a um ciclo de transformação interior. Este Odu convida ao refinamento do que somos e é um poder que elimina forças hostis em todos os níveis. É a energia atribuída aos reis."

"Ôsá méjì é um sinal que trouxe espíritos de obstrução ao mundo e fala de mudança radical, porém purificadora. É uma energia que traz cataclismos e desastres. Todos os pássaros são encontrados aqui, indicando a natureza volátil e imprevisível dessa energia."

"Òtúrá méjì é o poder que torna possível o alinhamento com a fonte. Revela-se em visão profética e clareza. Este Odu cria o caminho para visões e realizações. Santos são moldados neste Odu porque é uma força de verdade e esperança que combate doenças, abrindo os caminhos para o poder pessoal e visões proféticas."

"Òfún méjì é o avô dos Odus e a fonte da luz, que é entendida como uma brancura onírica. Aqui está a fonte dos milagres e dispersão. Tudo o que existe começou como uma possibilidade em Òfún. Poderíamos dizer que este Odu é o caos ofuscante, o buraco negro invertido que ofereceu luz como a fonte dos começos antes dos começos, uma energia pré-titânica que é a origem e o fim de tudo o que existe."

"Ôyekú méjì é o espírito da Mãe da Morte. É a escuridão, a inalação, e o ventre que gesta a luz. Este Odu diz respeito à ausência temporária de luz enquanto ela passa por uma transformação mística, o processo pelo qual todas as coisas são animadas."

"Ìròsùn méjì molda esse potencial em conformidade com a ancestralidade e o destino, sendo a causa raiz de nossa dignidade ou desgraça. É um Odu em que agarramos nosso poder e nos apegamos à corda do destino; que pode trazer epifanias e ilusões, a energia tanto do profeta quanto do charlatão."

"Ôkànràn méjì trata do poder do coração. Ele permite o equilíbrio entre os mundos, com o coração como o centro espiritual. Fala da noite escura da alma e de toda a angústia que um coração pode causar. É a energia da contemplação, assim como do arrependimento, tanto quanto é sobre estabelecer boas e justas metas e o fracasso em alcançá-las."

"Ìká méjì representa o poder de contração, de reunir o poder pessoal, que então é expresso na forma de palavras. É a energia da decepção e das maldições, da autossabotagem e das cobras. Este Odu representa o desafio dentro do desafio, e é o poder que se move sob nossas intenções e gera harmonia ou desastre."

"Ìrẹtɵ méjì é o poder da determinação. Promete mudança e transformação ao eliminar o que é inútil e nutrir o que é benevolente e bom. É o chamado para a guerra, seja a guerra que travamos contra nossas próprias falhas, ou os ataques insensatos em que projetamos nosso próprio sofrimento sobre o mundo."

"Ìwòrì méjì é o poder da transformação, a raiz da consciência moldada pelos polos de luz e escuridão, o plano do eu e da psique, e o fogo da paixão. Este Odu define a natureza, a direção e o momento de realização e aceitação."

"Ôwonrín méjì é o poder da escolha, e fala sobre a necessidade de caos no universo. Ensina que os poderes misteriosos na matriz, que tendemos a considerar negativos, podem ser vistos de múltiplas perspectivas. É daqui que Èṣù deriva seus poderes, um verdadeiro cruzamento, e o depósito de mudanças e escolhas."

"Ògúndá méjì é o poder do progresso e da remoção de obstáculos. É a disposição e constituição de agarrar seu destino e se tornar seu mestre. Uma energia que denota vitória e força, assim como a importância de a força ser apoiada por outros poderes para se mover elegantemente e com graça no mundo. É a energia bruta que corre poderosamente através do guerreiro."

"Òtúrúpon méjì é o poder que trouxe doenças ao mundo, e também a medicina. É um poder purificador. Fala da harmonia inerente dos mundos e da estrutura da terra. Devemos entender nossa própria estrutura para discernir entre o bem e o mal, não apenas para nós mesmos, mas para o mundo. É uma força que evoca um senso de responsabilidade em um contínuo consciente de ações."

"Ôṣe méjì é o poder da doçura, abundância e da fragilidade da criação. É aqui que encontramos o poder da atração. É aqui que encontramos a memória da ancestralidade. É uma energia que nos lembra de como o coração do mundo é suave e delicado; assim como o nosso próprio coração de quatro câmaras, suave e delicado. Este Odu é um chamado à consciência."